The Midnight Flower

Por Laila Flower

Aqui vai apenas uma nota:

Fiquei sabendo ontem que um seminário bíblico vai fechar - um dos motivos é a falta de alunos. A falta de alunos, contudo, acontece porque o pastor principal da igreja que tem este seminário não estimula que as pessoas busquem conhecimento, estudo....a idéia é de que "Deus capacita os chamados".

Estou muito triste por isso: Jesus estimulava as pessoas ao estudo das Escrituras; os Bereianos buscavam na escrituras se o que Paulo dizia estava de acordo. Sem o estudo, a formação de líderes é prejudicada. Assim, me parece que tal pastor está esperando que a soberania seja dele - uma vez que não há treinamento de líderes, pastores e missionários, ele nunca deixará seu posto (mas a geração de novos líderes e discipuladores também). Obviamente isso pode ser apenas uma especulação de minha parte, mas vejo que está totalmente prejudicada a capacitação e não vejo muitos motivos dentro daquele contexto  em relação a este pastor senão manter-se como principal conhecedor "local".

É lamentável que esteja morrendo a consciência do envio de líderes, pastores, missionários, discipuladores, palestrantes...

Deus não age como em "Matrix" onde o conhecimento é passado através de um cabo diretamente para o cérebro - Ele capacita os seus chamados mas no sentido que abre portas para o treinamento, discipulado e estudo.

Sei que prometi um tema no post sobre futuro...aquele vai ser deixado um pouco de lado, sorry.

_

Hoje iniciei meu dia trabalho como muitos outros: moderando comentários em um dos sites que eu trabalho. Desta vez foi o http://www.gvideos.com.br/. Mais uma vez, vejo uma centena de comentários e, entre esses, um sobre o vídeo em que o Pr. (?) Silas Malafaia fala descaradamente que quem faz uma doação na igreja, que faz uma oferta, deve esperar que Deus dê uma benção financeira. Se não viu este vídeo, segure seu queixo e veja: Silas Malafaia chama de trouxa quem doa sem esperar colheita.

Quero que não apenas assistam o vídeo, mas também LEIAM OS COMENTÁRIOS NO VÍDEO!

O que o Sr. Silas Malafaia faz é simplismente ofender quem faz uma oferta na igreja sem esperar que Deus faça algo por ela. Amigos, isso é muito sério - e mais sério ainda é ver que MUITOS aprovam esse tipo de atitude.

Essa cultura do "exigir" de Deus algo é a coisa mais ridícula que podemos fazer. Primeiro porque se Deus é o Senhor soberano de sua vida, você tem de estar bem consciente que talvez o que Ele quer pra você é passar dificuldades - aliás, situação de dificuldades foi exatamente o que os apóstolos passaram. Em segundo lugar, é tamanha a arrogância da criatura que não é merecedora de nada a não ser a morte de exigir do Deus Todo Poderoso qualquer coisa.

Não é um tanto quanto complicado afirmar, como quis o Sr. Silas Malafaia que "plantei oferta na casa de Deus e vou colher bençãos materiais na minha vida"? Se isso fosse uma regra bíblica como parece querer mostrar este senhor, o que aconteceu com Pedro, Paulo, João...? Todos eles viveram vidas sem a tal "benção financeira".

Lembrem-se de Filipenses 4: "10 Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo. 11 Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. 12 Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. 13 Tudo posso naquele que me fortalece.".
Este Sr. Silas olharia então para o apóstolo Paulo e o chamaria de trouxa porque não está colhendo as bençãos financeiras e estava passando fome? Ou será que o Sr. Silas diria "que falta fé!" ao apóstolo Paulo?

Quando este senhor ofende e chama de trouxa, ofende ao apóstolo Paulo, que entregou sua vida no ministério da propagação do evangelho aos gentios sem esperar nada senão as promessas da vida eterna com Deus (a "coroa", lembram?). Tantos outros entregaram suas vidas e até hoje muitos seguem o exemplo de Paulo em Filipenses 3.7 "Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo". Quero ver se o Sr. Silas Malafaia tem a coragem de chamar de trouxa alguém que está neste momento servindo como missionário em Guiné Bissau e passa fome e necessidade como muitos outros nesse país - mas entendem que o ganho é pregar o evangelho. 

Desculpe-me, Sr. Silas Malafaia, mas este evangelho do "dar e receber" (e não "melhor é dar do que receber" -Atos 20:35) não é de Cristo. ONDE ESTÁ CRISTO NESTE EVANGELHO? Onde está o nosso principal objetivo como cristãos???

A falta de escrúpulos deste senhor é tão grande que ele diz "eu respeito você, trouxa" - onde está o respeito?

Deus não nos prometeu nada se não a vida em Jesus e, através do sacrifício de Cristo, a derrota da nossa morte e uma eternidade na Sua presença. Somos servos, missionários na Terra, pessoas a serviço do Deus Vivo, com o objetivo de pregar Cristo que morreu por todos para que tenham a via eterna no Pai. Não nos foi prometida uma vida mansa e tranquila aqui, muito pelo contrário, foi dito que sofreríamos por causa do evangelho - este não é o nosso lugar, não é aqui que está as nossas riquezas assim como não era aqui o reino de Cristo!!!

Tenham em mente que o Sr. Silas Malafaia plantou aqui e espera também colher aqui. Contudo, Jesus nos orientou em colher nos céus em Mateus 6: 19 “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. 20 Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração."

Vou denunciar, sim. Assim como Paulo denunciava quem pregava um evangelho diferente daquele que Cristo nos deu.

AVISO PARA QUEM QUISER COMENTAR PARA ME XINGAR - http://migre.me/oTZF

Enquanto escrevia este post, ouvi Lucas Souza (Cidade Acesa), Aeroilis (Cega Inocência) e Paramore (Ignorance e Brick By Boring Brick)

(Livremente inspirado em "Cartas de um diabo ao seu aprendiz", de C. S. Lewis)

Olá meu querido supervisor

Apesar de suas longas críticas anteriores, trago-lhe diversas notícias interessantes que talvez possam lhe fazer me dar alguns elogios, apesar de sua natureza demoníaca.

De fato, tinha razão em muitas coisas - cumprir suas idéias tiveram um bom gosto suave de vitória e acho que esta alma em breve estará nos nossos pratos. Desde que ela foi na igreja, tenho grandes dificuldades em fazê-la desviar daquele caminho odioso do nosso Inimigo. Como eu poderia fazer ela calar a boca e parar de falar do Inimigo nosso a todos os vizinhos? Então entrou sua idéia. Tenho de lhe reafirmar minhas mais sinceras admirações...é complicado fazê-la sair, mas muito fácil com suas técnicas a qual (se me permite) tentei aprimorar.

Sua idéia genial era levá-la à uma religiosidade tamanha de forma a ela buscar cumprir palavras e rituais sem importância para sua vida com o Inimigo. Em sua carta, mestre, mandou-me ler diversos manuais antigos, tão antigos quanto você. Então tratei de buscar essas idéias antigas e colocar em prática transformando-as conforme este grandioso novo tempo da humanidade. Devo lembrar-lhe que essa tal Reforma foi um grande problema inicial para nós...mas agora neste século tudo tem mudado.

Decidi que se eu fizesse ela odiar tudo o que se opusesse à religiosidade dela seria um ganho, já que toda vez que encontrasse alguém diferente, faria aquele velho ritual de atirar pedras. Infelismente, meu querido supervisor, hoje em dia não se entende mais o atirar pedras como o literal termo (que nos trazia sempre corações cheios de ódio para a nossa sobremesa) - o que ela atira são palavras ofensivas com tanta soberba por se achar certa que me leva às lágrimas...está se tornando uma acusadora assim como um dos mais brilhantes alunos de nossa academia diabólica.

Junto de sua religiosidade, ainda, coloquei uma ponta de ódio ao pecador...obviamente ela não vai mudar ninguém odiando! Assim todos os vizinhos que outrora ela queria salvar são extremamente odiosos e ela se afasta deles como se fossem leprosos! Estou garantindo a minha parte para que aquelas criaturas não ouçam mais da boca dela o Nome que detestamos.

Tem sido tão fácil fazê-la se afastar de todo o mundo que ela teoricamente deveria salvar que está me dando gosto - mandei para alguns amigos a idéia e eles estão apreciando, dizendo que em alguns locais já estavam retornando ao velho jeito de pensar - tinha razão. Aconselho, caro mestre, que atualize-se iniciando pelo ensino daquelas pedras...se não vês nenhuma modernidade como digo que incluí, conto então que tais palavras ofensivas estão sendo distribuídas pela internet (mais uma vez pegamos as tecnologias deles a nosso favor).

Então, mestre carinhoso, faço-me um pequeno mestre para ti quando digo que tais ofensas pela internet são de certa forma muito melhores que as literais pedras e podem nos dar mais resultados. Veja bem, antes a pessoa haveria de ter muito ódio no coração para começar a jogar pesadas pedras (esses corações nos chegavam muito gostosos, admito), mas pela internet o ofensor não precisa admirar sua vítima...é tão gostoso vê-los com os escúpulos tão baixos quanto o nosso inferno. Tenho certeza que se isso entrar em nosso currículo acadêmico, será de grande valia no futuro, quando grandes almas que poderiam ser de ajuda tremenda ao Inimigo chegarem até o nosso Pai com caras estupefatas diante de seu tenebroso destino. Só as risadas que daremos já valerão. Pense, mestre, na decepção quando finalmente entenderão a gravidade dos seus atos. Teremos mesa farta, lhe garanto.

Venho também lhe informar que briga entre cristãos de igrejas evangélicas já está extremamente fora de moda - eles já estão detectando. Assim, não lhe obedeci neste ponto. Pode ficar revoltado à vontade, é uma grande inutilidade sua. Estou, entretanto, fazendo-a ter raiva de qualquer um que esteja sinceramente buscando a Deus fora de uma igreja evangélica ou em uma igreja que não seja evangélica. Mais uma vez aponto que será de grande valia, já que estou garantindo um trabalho maravilhoso na alma cada vez mais cheia de ódio que eu tenho cuidado, além de auxiliar meus irmãos diabos que cuidam daquelas outras - elas acabam ficando com tanto ódio de igreja evangélica que nunca pisarão lá como irmãos, terminam por converter sua busca genuína de Deus em mais religiosidade e ódio...essa tática vai ser mais dificil de eles desmascararem.

Assim espero que apesar das palavras terríveis que dirá contra mim, verá que sou um excelente aluno e aprendiz, logo lhe darei tanto orgulho que me verá como seu superior - isso é bom para aprender a renovar suas técnicas velhas, 1942 já passou.

Com amor de seu aprendiz,

Sangrarroz

Parece que todo mundo ultimamente quer saber minha opinião sobre Teologia Rlacional ou Teísmo Aberto. Ultimamente um grande amigo e uma pessoa que eu admiro muito, o Rap, do Blog Rapensando, fez um texto sobre a opinião dele como "adepto" desta corrente de pensamento teológica. Vou ser bem sincera que a expressão do que ele pensa foi exatamente o que me fez escrever este texto aqui.

Inicialmente, acho que é tão irrelevante procurarmos entender a natureza de Deus quanto buscarmos a vida fora da terra. Simplesmente não damos conta do que temos aqui, da vida cristã em seu formato mais puro...não temos nem capacidade para nos aprofundarmos nesses assuntos e que não nos importam no momento. Creio que um dia, após a ressureição (ou seja, no final do mundo), quem estiver com Deus terá sua mente renovada e poderá entender essas coisas. Até lá, estamos presos neste corpo extremamente limitado, com uma mente pequenininha e incapaz de conceber coisas tão grandiosas como Deus, sua natureza, sua criação completa, seu Amor Incondicional e como se dá o tempo e espaço.

Mas, já que é da natureza humana buscar o conhecimento e fazer perguntas, natural que pensemos sobre (apesar da sua irrelevância total...me sinto como escrevendo Eclesiastes..."tudo é sem sentido"). E o que eu penso sobre é tão irrelevante quanto, mas é bom posicionar-me de vez em quando.

Um dos pontos interessante como "chave" de teologia Relacional é a inexistência de futuro. Dizem os pensadores que a adotam que se existe um futuro escrito (o "maktub" dos árabes), não existe realmente o livre arbítrio - se nossas escolhas afetam nosso futuro, como haverá um futuro já pré-formatado?

Não querendo correr para a física quântica ou coisas do tipo, mas a minha simples e limitada cabeça pensante, vou usar igualmente de idéias pouco bíblicas para apontar algumas coisas:

1- Se não existe futuro, o que são profecias? (Coitado de Daniel)
2- Se não existe futuro, queimemos o livro de Apocalipse pois está no primeiro versículo deste livro "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer".
3- Se o futuro não é conhecido por Deus, existe algo que foge do controle de Deus.

os contra-argumentos comuns

1- Profecias são como conselhos paternos que de certa forma antevêem o resultado de acordo com a atitude atual.
2- Apocalipse já aconteceu, mas não o interpretamos de forma correta; ou ainda de que o apocalipse não se trata de um fim do mundo.
3- Deus não é soberano da forma como imaginamos.

Entendendo tudo isso e sabendo os contra argumentos, chego à seguinte conclusão:

O futuro existe e não é estático. Existem muitos futuros à nossa disposição e já escritos. Não quero invadir a idéia de múltiplas dimensões (acho interessante, mas não creio), mas acho que o AGORA na verdade é o que trasnforma essas mil possibilidades em uma. Por exemplo: acordei esta manhã e tinha a possibilidade de levantar e fazer o café para o meu marido ou ficar na cama e dizer para ele tomar o café sozinho - o fato de eu ter escolhido a primeira opção não significa que Deus já tinha escolhido para mim ela, mas que Ele me deu o livre arbítrio de escolher dentre todas as possibilidades de futuro aquela que eu queria. Deus, contudo, sabe todas as possibilidades e sabe que minhas escolhas podem me levar a futuros terríveis - é nesse momento em que Ele intervém e ainda, de certa forma, nos aponta que o futuro que estamos os dirigindo pode ser mudado se nos convertermos dos nossos caminhos maus.

Nínive era uma cidade que estava se dirigindo para o futuro onde ela seria completamente destruída por Deus. Mas, de certa forma, Deus queria mantê-la - tudo isso ainda seria usado por Jesus para ilustrar grandes coisas - e mandou o profeta Jonas para pregar que se mudassem de caminho, seu futuro também mudaria.

Eu creio (com bases que eu não sei quais são, confesso) que cada destruição de cidade, terremotos, tsunamis...são coisas naturais e que naturalmente partem do nosso livre arbítrio - não que Deus esteja querendo nos punir de algo ou coisa do tipo, mas nós mesmos somos responsáveis pelo nosso destino, pelo futuro que escolhemos - mas que Deus tenta, através de profetas, missionários, cristãos em geral, nos fazer sair daquele destino terrível. Isso contudo não significa que aconteça fora da vontade Dele - é da vontade Dele que nós recebamos aquilo que plantamos, isso é um tipo de justiça.

Pensem: apesar de ser perfeitamente justo que recebamos aquilo que plantamos (e vejo que esta justiça está inerente em cada ser humano), Deus dá um caminho alternativo onde a regra é que PELA GRAÇA SOMOS SALVOS - não recebemos aquilo que merecemos e nem Cristo, mas por Ele podemos "trocar os papéis" e receber aquilo que Jesus merece. Em algum momento todas as pessoas recebem coisas que não merecem como forma de Deus mostrar tal GRAÇA, mas a maioria rejeita - lembrem que todos devem ouvir de Jesus até que venha o fim (Mateus 24:14), ou seja, a escolha será dada a todos.

Resumindo: futuro é algo que já existe mas em múltiplas possibilidades e nosso livre arbítrio nos faz escolher entre elas - Deus vive acima do tempo e poder ver todas essas possibilidades e prevenir através da profecia (e evidência da liberdade que Ele nos dá é que nem sempre o profeta é obedecido e o mal vem; algumas vezes o profeta é obedecido e o futuro também muda). Os nossos resultados ruins de nossas escolhas de futuro são justos e não saem da vontade de Deus.

No próximo texto vou expressar minha opinião sobre oração, petição e bênção.

Após o almoço estava conversando com meu marido algo interessante e que gostaria de compartilhar com os leitores do blog.

Muitas são as críticas contra mim quando eu digo que na maior parte das vezes eu me sinto mais edificada com música não cristã do que cristã. Sempre que eu posto isto no Twitter, uma enxurrada de condenações chegam a mim de volta. Incrível, o julgamento acontece geralmente por aqueles que estão debaixo da orientação de não julgar. Ok, deixemos isso de lado. O que eu quero explicar não é isso, mas o porque de a música que não é cristã me edificar mais.

Eu encaro a música cristã como um alimento de fácil digestão. Você ouve, pode dizer aquelas palavras para Deus...é simples. Na maior parte das vezes a música cristã é apenas um conjunto de palavras ou expressões muito repetidas pela "sociedade cristã", clichês que ouvimos na igreja. Isso me preocupa: se um músico fizer letras bonitas e cheias daquilo que encontramos na lista "clichê gospel", ele fará sucesso dentro de muitas igrejas independentemente do fato de ele ser um grande cristão com o coração entregue à Deus ou um cara que está querendo um público que compre seus CDs. Resumindo, a música cristã no Brasil é muito básica e muitas vezes não muito profunda em busca, em sinceridade de sentimentos e até na mais pura adoração.

Quando escuto uma música secular, faço uma análise da letra. Li em um livro (se eu não me engano é no "Cristianismo Criativo", mas posso estar errada) que um artista vai colocar na sua arte (mesmo que não queira) aquilo que realmente está no seu coração. Se isto está certo, a música secular vai revelar um vazio pela falta de Deus, talvez uma busca de Deus e até uma mostra de que está indo sinceramente ao encontro de Deus. As pessoas tem sentimentos em relação a Deus, na maior parte das vezes as pessoas realmente querem Deus ou pelo menos O buscam no momento de sofrimento - é normal que essas coisas acabem refletindo nas músicas, livros, pinturas e todo o tipo de arte. Assim, busco encontrar este pequeno referencial da vida espiritual na música e, prestando atenção, consigo encontrar palavras sinceras que muitas vezes me fazem adorar da maneira mais simples - admitindo meus erros, minha humanidade, dizendo a Deus o quanto quero Ele perto de mim e que me sinto fraca.

A música que não é declaradamente cristã me fazer ir muito além do que a simples mensagem que está na superfície e me faz refletir. E nesta reflexão penso no mundo como está, nos valores da sociedade, da necessidade de Deus e nas minhas próprias falhas.

Aprendi que quando eu olho para esta figura pecadora que eu sou e admito que não sou nada, neste momento abro as portas para Deus agir, quando sei que só Ele é tudo.

Por isso encaro a música secular como um alimento que é dificil de digerir e que tenho de refletir, buscar a Deus. Longe de mim dizer agora que música cristã é ruime todo o cristão deve ouvir música secular. Não é isto que quero dizer. O que eu expresso aqui é como Deus tem agido na minha vida, como Ele tem se manifestado e como Ele usa as coisas para me tocar (e uma vez me tocando, me dá a oportunidade de tocar os outros).

Música Cristã é boa e é um bom recurso para a adoração - devo lembrá-los que a adoração não parte de uma boa música, mas de um coração sincero. Mas as vezes não serei sincera a Deus dizendo que O amo e que confio Nele....as vezes estou com o coração quebrado, sem esperanças e achando que Ele me abandonou...não vou cantar aquilo e mentir para Deus. Eu me expresso, como o salmista se expressou - mostrando seus reais sentimentos humanos, falhos, ruins e pedindo, ao final, para que isto tudo seja mudado em mim.

Reescrevendo Isaías 61:

O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim;
porque o SENHOR me ungiu,
para pregar boas novas aos religiosos em busca de salvação por merecimento;
enviou-me a restaurar os de coração soberbo com seus títulos eclesiasticos,
a proclamar liberdade aos que vivem presos em doutrinas nada cristãs,
e a abertura de prisão aos que vivem uma vida longe de Deus e perto das atividades da igreja;

A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; 
a consolar todos os que não aguentam mais essa vida medíocre e de falsa liberdade que muitas vezes é pregada;
  A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê esperança em mudar um mundo ao invés de tristeza porque o mundo está assim, óleo de ação e compaixão ao invés de inércia, vestes de louvor em vez de medo do diabo; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.