The Midnight Flower

Por Laila Flower

Parece que todo mundo ultimamente quer saber minha opinião sobre Teologia Rlacional ou Teísmo Aberto. Ultimamente um grande amigo e uma pessoa que eu admiro muito, o Rap, do Blog Rapensando, fez um texto sobre a opinião dele como "adepto" desta corrente de pensamento teológica. Vou ser bem sincera que a expressão do que ele pensa foi exatamente o que me fez escrever este texto aqui.

Inicialmente, acho que é tão irrelevante procurarmos entender a natureza de Deus quanto buscarmos a vida fora da terra. Simplesmente não damos conta do que temos aqui, da vida cristã em seu formato mais puro...não temos nem capacidade para nos aprofundarmos nesses assuntos e que não nos importam no momento. Creio que um dia, após a ressureição (ou seja, no final do mundo), quem estiver com Deus terá sua mente renovada e poderá entender essas coisas. Até lá, estamos presos neste corpo extremamente limitado, com uma mente pequenininha e incapaz de conceber coisas tão grandiosas como Deus, sua natureza, sua criação completa, seu Amor Incondicional e como se dá o tempo e espaço.

Mas, já que é da natureza humana buscar o conhecimento e fazer perguntas, natural que pensemos sobre (apesar da sua irrelevância total...me sinto como escrevendo Eclesiastes..."tudo é sem sentido"). E o que eu penso sobre é tão irrelevante quanto, mas é bom posicionar-me de vez em quando.

Um dos pontos interessante como "chave" de teologia Relacional é a inexistência de futuro. Dizem os pensadores que a adotam que se existe um futuro escrito (o "maktub" dos árabes), não existe realmente o livre arbítrio - se nossas escolhas afetam nosso futuro, como haverá um futuro já pré-formatado?

Não querendo correr para a física quântica ou coisas do tipo, mas a minha simples e limitada cabeça pensante, vou usar igualmente de idéias pouco bíblicas para apontar algumas coisas:

1- Se não existe futuro, o que são profecias? (Coitado de Daniel)
2- Se não existe futuro, queimemos o livro de Apocalipse pois está no primeiro versículo deste livro "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer".
3- Se o futuro não é conhecido por Deus, existe algo que foge do controle de Deus.

os contra-argumentos comuns

1- Profecias são como conselhos paternos que de certa forma antevêem o resultado de acordo com a atitude atual.
2- Apocalipse já aconteceu, mas não o interpretamos de forma correta; ou ainda de que o apocalipse não se trata de um fim do mundo.
3- Deus não é soberano da forma como imaginamos.

Entendendo tudo isso e sabendo os contra argumentos, chego à seguinte conclusão:

O futuro existe e não é estático. Existem muitos futuros à nossa disposição e já escritos. Não quero invadir a idéia de múltiplas dimensões (acho interessante, mas não creio), mas acho que o AGORA na verdade é o que trasnforma essas mil possibilidades em uma. Por exemplo: acordei esta manhã e tinha a possibilidade de levantar e fazer o café para o meu marido ou ficar na cama e dizer para ele tomar o café sozinho - o fato de eu ter escolhido a primeira opção não significa que Deus já tinha escolhido para mim ela, mas que Ele me deu o livre arbítrio de escolher dentre todas as possibilidades de futuro aquela que eu queria. Deus, contudo, sabe todas as possibilidades e sabe que minhas escolhas podem me levar a futuros terríveis - é nesse momento em que Ele intervém e ainda, de certa forma, nos aponta que o futuro que estamos os dirigindo pode ser mudado se nos convertermos dos nossos caminhos maus.

Nínive era uma cidade que estava se dirigindo para o futuro onde ela seria completamente destruída por Deus. Mas, de certa forma, Deus queria mantê-la - tudo isso ainda seria usado por Jesus para ilustrar grandes coisas - e mandou o profeta Jonas para pregar que se mudassem de caminho, seu futuro também mudaria.

Eu creio (com bases que eu não sei quais são, confesso) que cada destruição de cidade, terremotos, tsunamis...são coisas naturais e que naturalmente partem do nosso livre arbítrio - não que Deus esteja querendo nos punir de algo ou coisa do tipo, mas nós mesmos somos responsáveis pelo nosso destino, pelo futuro que escolhemos - mas que Deus tenta, através de profetas, missionários, cristãos em geral, nos fazer sair daquele destino terrível. Isso contudo não significa que aconteça fora da vontade Dele - é da vontade Dele que nós recebamos aquilo que plantamos, isso é um tipo de justiça.

Pensem: apesar de ser perfeitamente justo que recebamos aquilo que plantamos (e vejo que esta justiça está inerente em cada ser humano), Deus dá um caminho alternativo onde a regra é que PELA GRAÇA SOMOS SALVOS - não recebemos aquilo que merecemos e nem Cristo, mas por Ele podemos "trocar os papéis" e receber aquilo que Jesus merece. Em algum momento todas as pessoas recebem coisas que não merecem como forma de Deus mostrar tal GRAÇA, mas a maioria rejeita - lembrem que todos devem ouvir de Jesus até que venha o fim (Mateus 24:14), ou seja, a escolha será dada a todos.

Resumindo: futuro é algo que já existe mas em múltiplas possibilidades e nosso livre arbítrio nos faz escolher entre elas - Deus vive acima do tempo e poder ver todas essas possibilidades e prevenir através da profecia (e evidência da liberdade que Ele nos dá é que nem sempre o profeta é obedecido e o mal vem; algumas vezes o profeta é obedecido e o futuro também muda). Os nossos resultados ruins de nossas escolhas de futuro são justos e não saem da vontade de Deus.

No próximo texto vou expressar minha opinião sobre oração, petição e bênção.

2 comentários:

Opa, haverá texto em resposta... não em retaliação vale lembrar hehehe. Só uma contra-argumentação quanto a essa questão de profecias...

Então, é exatamente isso que o Rap disse acima. Vou citar algumas partes:

Profecia e apocalipse não são revelações do futuro, mas sim a realização de um querer de Deus. Que podem ser realizados de acordo com nossos atos ou quando Deus estiver a fim.

O futuro não existe, existe o presente e o presente constroi o que você acredita ser o futuro. Deus controla TUDO, inclusive o presente e assim ele controla o futuro, moldando o presente a sua maneira.